O poder da Igreja no mundo medieval (continuação)

A vida nos mosteiros

Nem todos os cristãos eram a favor de a Igreja acumular riquezas e criticavam a vida luxuosa que muitos bispos e padres levavam. Procurando retomar os ensinamentos e a vida pobre de Cristo, muitos religiosos optaram por uma vida mais simples, recusando os bens materiais. Surgiram assim as ordens monásticas.

Dentre as novas ordens, destacaram-se as criadas por São Bento

Abadias: centros de oração, trabalho e produção intelectual

Na Idade Média foram fundadas inúmeras abadias. Algumas tornaram-se muito famosas  e existem até hoje, como a de Melk, na Áustria.

      
Abadia de Melk, na Áustria

Recebe o nome de abadia a residência de monges ou de monjas governadas por um abade ou por uma abadessa.

As abadias medievais eram praticamente auto-suficientes. Tinham geralmente igrejas, bibliotecas, muitos quartos (celas), oficinas para a produção e conserto de ferramentas e carroças, estrebarias e cocheiras, cozinhas, etc.

Localizavam-se sempre no centro de uma grande propriedade, onde eram cultivados trigo, cevada, centeio, videiras, frutas, etc. Eram também criados porcos, galinhas, perus, patos, bois, vacas, cavalos, etc.

Os próprios monges trabalhavam no cultivo e na criação. Alguns, porém,  passavam todos o tempo na biblioteca, copiando e estudando  as obras dos grandes escritores da Antiguidade, sobretudo gregos e romanos. Eram os monges copistas. Eles produziram verdadeiras obras de arte. Nas margens das páginas, desenhavam ilustrações (iluminuras),  utilizando um tipo de letra que hoje conhecemos como gótica.


Ilustração de um monge copista


Texto com iluminuras e letra gótica

Nas abadias, além do trabalho, grade parte do tempo era dedicada à oração e ao canto sacro.

As abadias contavam também com numerosos servos, que executavam os trabalhos mais pesados.

  

Como referenciar: "A vida nos mosteiros" em Só História. Virtuous Tecnologia da Informação, 2009-2024. Consultado em 24/04/2024 às 17:34. Disponível na Internet em http://www.sohistoria.com.br/ef2/igreja/p1.php