Personagens da Revolução farroupilha (continuação)

Marechal Luís Alves de Lima e Silva, "Duque de Caxias" (1803-1880)

Nasceu na Fazenda de São Paulo, Vila de Porto de Estrela, na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro.

Em 22 de novembro de 1808, assentou praça como cadete no 1º Regimento de Infantaria, ingressando, posteriormente, na Academia Real Militar.

Tenente, integrou o recém-criado Batalhão do Imperador, como Ajudante, com ele recebendo o batismo de fogo, em 03 Mai 1823, nas lutas pela independência na Bahia, quando pôde revelar excepcionais qualidades de iniciativa, comando, inteligência e bravura.

Como Capitão, participou, ainda com o Batalhão do Imperador, da Campanha da Cisplatina.

Em 02 Dez 1839, já Coronel, passou a encarnar a auréola de Pacificador e Símbolo da Nacionalidade, ao ser nomeado Presidente da Província do Maranhão e Comandante-Geral das Forças em Operações, para debelar a "Balaiada", após o que recebeu o título de Barão de Caxias e a promoção a Brigadeiro.

Também pacificou São Paulo e Minas Gerais, em 1842, razão por que foi promovido a Marechal-de-Campo graduado.

Em fins de 1842, foi nomeado Presidente e Comandante-em-chefe do Exército em operações no Rio Grande do Sul, para combater a Revolução Farroupilha, que já durava oito anos, e ao término da qual foi efetivado como Marechal-de-Campo, eleito Senador pelo Rio Grande do Sul e distinguido com o título de Conde.

Em 1851, é novamente nomeado Presidente e Comandante-em-Chefe do Exército do Sul, desta feita para lutar contra Oribe, no Uruguai, e, logo a seguir, contra Rosas, na Argentina. Vitorioso mais uma vez, foi promovido a Tenente-General e elevado à dignidade de Marquês.

Em 16 Jun 1855, foi Ministro da Guerra e, em 1856, Presidente do Conselho de Ministros, ambos pela primeira vez.

Em 10 Out 1866, foi nomeado Comandante-em-Chefe das Forças do Império em operações contra as tropas do ditador Lopez, do Paraguai, sendo efetivado no posto de Marechal-de-Exército, assumindo, em 10 Fev 1867, o Comando-Geral das forças em operações, em substituição ao General Mitre, da Argentina. Segue-se uma série de retumbantes vitórias, em Itororó, Avaí e Lomas Valentinas, a rendição de Angustura e a entrada em Assunção, quando considerou encerrada a gloriosa Campanha por ele comandada. "Pelos relevantes serviços na Guerra do Paraguai", o Imperador lhe concedeu o título de Duque, em 23 Mar 1869.

Caxias foi Ministro da Guerra e Presidente do Conselho de Ministros por mais duas vezes, a última de 1875 a 1878. Faleceu na Fazenda Santa Mônica, nas proximidades do Município de Vassouras - RJ, sendo o seu corpo conduzido para o Rio e enterrado no Cemitério do Catumbi.

Coronel Onofre Pires da Silveira Canto (1799-1844)

Combateu com o Regimento de Cavalaria de Milícias de Porto Alegre pela Integridade do Rio Grande do Sul, nas guerras contra Artigas - em 1816 e 1821 -, e pela do Brasil, na Guerra Cisplatina (1825-28).

Na Revolução Farroupilha foi dos mais ativos e atuantes coronéis. Coube-lhe comandar as forças que deram inicio à Revolução Farroupilha na noite de 19 de setembro de 1835, com o vitorioso encontro da Ponte da Azenha que criou condições para a conquista de Porto Alegre, em 20 de setembro de 1835, com a entrada nela do lider politico-militar da revolução, e seu primo, coronel Bento Gonçalves da Silva.

Quis o destino que Onofre Pires viesse a morrer, em 3 de março de 1844 - há um ano do término da Revolução - vítima de um ferimento no antebraço direito que recebeu de Bento Gonçalves, durante o duelo que travaram no Acampamento do Exército, nas margens do rio Sarandi, a 27 de fevereiro de 1844, em Santana do Livramento.

Como referenciar: "Personagens da Revolução farroupilha (continuação)" em Só História. Virtuous Tecnologia da Informação, 2009-2024. Consultado em 23/04/2024 às 07:49. Disponível na Internet em http://www.sohistoria.com.br/ef2/farroupilha/p3.php